terça-feira, 18 de maio de 2010

Estado-Nação : crise

Um dos principais legados do liberalismo, o Estado-Nação surge alimentado pelo príncipio das nacionalidades:

A cada povo corresponde uma Nação, a cada Nação deve corresponder um Estado.


Surgimento

Os Estados-Nação tornaram-se o elemento estruturador da ordem política internacional : após a dissolução dos impérios autoritários da Primeira Guerra Mundial, deu-se a multiplicação de Estados-Nação no hemisfério norte do globo.O triunfo deste modelo político-económico no hemisfério sul evidencia-se após a vaga de descolonizações incentivadas pela ONU.

A Crise do Estado-Nação

Os especialistas concordam que esta fórmula, considerada o modelo de organização política mais coerente e justa, se revela hoje ineficaz, perante os desafios que a nova ordem internacional apresenta.
Os factores que determinam a crise do Estado-Nação são, por um lado, forças desintegradoras a nível local e regional - conflitos étnicos, nacionalismos separatistas ou a crescente valorização das diferenças de grupos e individuos.

Não só os conflitos e a regressão de príncipios do Estado-Nação fazem com que este modelo esteja ultrapassado; também o impacto da mundialização e das questões transnacionais fazem com que o Estado-Nação se enfraqueça: a globalização crescente, de todos os sectores e serviços que envolvem a sociedade civil, não encontra resposta e enquadramento necessário no Estado-Nação.

Um Estado é tanto mais forte quanto pode conservar em si mesmo o que vive e age contra ele.


Contrariando a citação de Paul Valéry, o Estado-Nação revela-se, hoje, fraco e incapaz de acompanhar a evolução das sociedades civis e globalizadas.

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