sábado, 15 de maio de 2010

Beatriz Costa, a Flapper Portuguesa


Beatriz Costa - A flapper portuguesa

"Beatriz da Conceição nasceu em Mafra, a 14 de Dezembro de 1907. Foi uma actriz de teatro e cinema portuguesa e durante a sua carreira elegeu o pseudónimo de Beatriz Costa, pelo qual foi e é reconhecida.
É considerada um ícone da cultura popular portuguesa, não só pelo trabalho que desenvolveu na área da cultura artística, mas pelos comportamentos que adoptou, e que se espalharam às mulheres da sociedade portuguesa da época.
Entre os seus trabalhos cinematográficos e teatrais mais famosos estão o filme “A Canção de Lisboa”, “A Aldeia da Roupa Branca” (que seria o seu último filme).
Beatriz Costa pisou palcos de teatros como o Éden teatro, o Teatro Maria Vitória, o Teatro da Trindade ou o Teatro Avenida.
Os filmes que a eternizaram, fê-los com Vasco Santana, reconhecido actor português e com o qual formava o par de “Príncipes do Cinema Português”.
Viajou até ao Brasil, país no qual permaneceu durante pouco tempo. De regresso a Lisboa, volta a protagonizar teatros de revista. A partir da década de 1960, começa a viajar pelo mundo e toma contacto com estrelas de cinema, de música e de arte mundialmente aclamadas, por exemplo, Salvador Dali, Pablo Picasso, Sophia Loren, Greta Garbo ou Edith Piaf.
Viveu, desde então, no Hotel Tivoli, em Lisboa, onde faleceu, na manhã de 15 de Abril de 1996.
Para além da carreira artística que construiu, Beatriz Costa foi um símbolo de libertação feminina para as mulheres da sua época: as atitudes rebeldes, os cortes de cabelo originais, as saídas para os clubes e restaurantes para beber, fumar e dançar, fizeram de Beatriz Costa, a flapper portuguesa.
Durante os anos 20, internacionalmente, as flappers ganhavam destaque nas sociedades: vestiam-se como mulheres sensuais, cortaram os cabelos á garçonne, dançavam em clubes e restaurantes, bebiam e fumavam como cavalheiros.
Eram, no fundo, o retrato de uma juventude marcada pela morte de familiares (pais, irmãos) na guerra e que ansiavam por assinalar a sua posição no mundo.
Perante a libertinagem das jovens fora de Portugal, a ousadia de Beatriz Costa, que adoptou esses comportamentos na sociedade portuguesa conservadora e fechada, constituiu também um dos seus traços de personalidade e uma das razões pela qual será sempre lembrada."

Por: Raquel Filipe. Nº13 da Turma 6ª do 12º ano.
Este foi o artigo escrito por mim, que irá integrar a próxima edição do jornal escolar "Voz Activa"

Sem comentários:

Enviar um comentário